Entretenimento

Luciano Huck se pronuncia se será candidato a Presidência


Rodrigo Magalhães

Atualizado em 14/05/2017


O apresentador Luciano Huck resolveu se pronunciar na manhã deste Domingo (14), através da Redes Sociais, sobre as especulações envolvedo seu nome, de que ele seria candidato a Presidência do Brasil. Huck negou os boatos, mas deixou claro que nunca deixou de se posicionar. Além de que ajudará a construir um país melhor. 

 

COMUNICADO DE LUCIANO HUCK NO FACEBOOK

 

Não, não sou candidato a Presidente da República.

 

Mas um assunto como este não pode ser tratado sem reflexão.

 

Nunca falei que seria candidato a nada, mas nunca me esquivei de me posicionar. Acho que sempre fui alguém movido pela vontade de aprender e por uma curiosidade inata e verdadeira. Nesses mais de 20 anos de carreira, sempre quis ser alguém que se coloca, que está presente na cena nacional e que faz o que pode para usar sua energia a favor da evolução da sociedade e da nação. Nunca fiquei escondido atrás do conforto da indiferença e da fama, me omitindo, fazendo cara de paisagem, só posando para selfies e fingindo não ver o mundo em que estou.

 

Por força do meu trabalho, nas últimas duas décadas viajei este país de ponta a ponta, entrei na casa das pessoas, dividi com elas seus sonhos, compartilhei seus desejos, sem nenhuma intenção além de ouvir e de contar suas histórias.

 

Sempre disse que vou querer medir o sucesso daquilo que faço pelo impacto positivo que eu possa produzir na vida das outras pessoas. Mas o melhor tem sido descobrir que o meu maior aprendizado vem justamente do impacto que a vida das outras pessoas está tendo sobre a minha.

 

Dito isso, não tenho a menor dúvida de que estas duas últimas décadas de trabalho na televisão me ensinaram muito e por consequência me fizeram um homem, pai, marido e cidadão melhor. Mas posso dizer também que vi o Brasil profundo como poucos tem a chance (e às vezes a disposição) de conhecer. Vi e vivi os vários países que coexistem dentro dos contornos do Brasil. E mesmo falando a mesma língua, sei que nossos problemas tem sotaques incrivelmente diferentes.

 

Sem qualquer convite, fui dragado para uma discussão política, um lugar fora da minha área de conforto. Com a curiosidade e o interesse pela vida que sempre me moveram, me senti inclinado a aprofundar o olhar. O fato é que neste momento da história, observo um ou outro movimento interessante e positivo, mas ainda não vejo liderança capaz de desenhar e defender um projeto de Brasil coerente e eficaz que nos inspire, que nos mobilize. E este não é um sentimento só meu, o que cria campo fértil para especulações políticas.

 

Meu nome foi trazido para este debate em boa medida pelo fato de que eu disse que acredito que está na hora da minha geração ocupar espaços de poder. E não vou me furtar a esta discussão. Mas isso não significa que esteja me lançando a qualquer tipo de cargo. Neste momento da minha vida e carreira, não acho que seja necessário nem produtivo fazer uma mudança tão radical de rota para contribuir.

 

A política não se resume a partidos, mandatos ou cargos. Eu me sinto fazendo política pelo simples fato de estar preocupado em discutir ideias, conectar pessoas, apoiar causas e principalmente poder usar da visibilidade e crédito que conquistei com muito trabalho, para apontar a direção que entendo ser melhor para o conjunto; usar a força da tv aberta e das redes sociais para inspirar, transformar, mostrar que mesmo vivendo em um país tão desigual, não precisamos ficar inertes como se esta realidade não pudesse ser alterada. 


Estamos em um momento do país, onde todos devemos ser políticos, ressignificar esta palavra, trazê-la para o centro das discussões.
Temos que superar a polarização patrulheira e começar a discutir ideias e projetos.

 

Esquerda ou direita, isso deveria importar menos agora que precisamos das duas pernas. Temos que ser curadores das boas ideias, inciativas e gente competente que queira se dedicar de fato à gestão pública, a servir. Acredito que só assim criaremos políticas que apontem para um projeto maior e mais justo de país.

 

Não vamos conseguir desmontar as engrenagens do poder, mas podemos consertar a lógica da estrutura e principalmente podemos mudar radicalmente quem as faz rodar. Temos que aposentar os velhos vícios de como se faz política, e com eles seus criadores e protagonistas.

 

As ideias, as iniciativas e os bons projetos vão surgir, mas o maior ativo sempre serão as pessoas. Gente que possa fazer a diferença na vida dos outros.

 

Reafirmo; não sou candidato a nada. Mas, também não vou deixar nunca de me envolver e de me dedicar à transformação do país. Acredito que de onde estou, posso fazer muito e contribuir muito mais. Mostrando o país de verdade, erguendo pontes entre os diversos mundos contidos nele, apontando caminhos, contribuindo com a construção de um olhar mais crítico, possibilidades novas, desenhos que ainda não são evidentes, atuando via tecnologia, mídia, amor, curiosidade, vontade de aprender e coragem para atuar e para não ficar no quentinho da visibilidade midiática vazia e sem propósito.

 

Contem comigo na construção deste Brasil mais humano, mais positivo e mais justo de se viver.



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