Cidade

População de pessoas que vivem na rua cresceu 31% em SP durante a pandemia

Com relação a 2019, o número de famílias sem-teto dobrou em São Paulo

Tiago Soares
Redação iSonata
24/01/2022

O número de moradores de rua em São Paulo cresceu 31% durante a pandemia de Covid-19. Os dados fazem parte do censo da população de rua encomendado pela prefeitura da capital paulista.

Em 2021, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade, são 7.540 a mais do que o registrado em 2019, quando eram 24.344 nessa situação.

Em relação a 2015, quando havia 15.905 moradores de rua, o número dobrou.

Dos 31.884 moradores de rua, 28% afirmaram viver com ao menos um familiar, somando 8.927 pessoas. Em 2019, esse percentual era de 20%, alcançando 4.868.

Ainda de acordo com o censo, o número de barracas de camping e de barracos de madeira improvisados em vias públicas como moradias aumentou 230%. Em 2019, eram 2.051 pontos desse tipo. Já em 2021, foram localizados 6.778.

O que o censo demonstra é o que qualquer pessoa que reside em São Paulo e outros grandes centros já vem constatando. Com o agravamento da crise e ineficácia das políticas públicas, percebemos que o Brasil está retrocendendo e muito no amparo às populações que mais precisam de incentivos básicos. Nesta caso, não bastam soluções de médio e longo prazo, já que, muitas das vezes, famílias inteiras iniciam o dia sem previsão sequer se vão ter comida para se alimentar. Quem pretende algum cargo eletivo para as eleições de 2022 precisa apresentar disposição, planos e real vontade para começar a resolver o caos em que nos encontramos.